Durante muito tempo, a adultização de crianças e adolescentes — quando eles eram levados a assumir responsabilidades e papéis de adultos — foi vista como algo natural. Era comum que trabalhassem cedo, casassem jovens ou assumissem funções familiares pesadas. Isso acontecia por fatores como pobreza, falta de leis protetivas e pela ideia de que crianças eram apenas “mini adultos” sob autoridade dos pais.
Com o tempo, esse olhar mudou. Avanços na psicologia mostraram que infância e adolescência são fases próprias do desenvolvimento e que a adultização precoce pode gerar sérios prejuízos emocionais, sociais e cognitivos. Além disso, organismos internacionais, como a ONU e a OIT, passaram a condenar práticas como o trabalho infantil e o casamento precoce.
No Brasil, essa transformação ganhou força com a Constituição de 1988, que no artigo 227 reconheceu crianças e adolescentes como sujeitos de direitos, garantindo proteção integral e prioridade absoluta. Esse marco foi regulamentado pelo Estatuto da Criança e do Adolescente (ECA), em 1990, que consolidou a proteção contra qualquer forma de exploração.
Hoje, entende-se que infância e adolescência não são etapas de preparação para a vida adulta, mas fases que devem ser respeitadas e protegidas para o pleno desenvolvimento humano.
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